quarta-feira, 22 de julho de 2009

Case - Westwood Publishing

Linda Bosworth fundou a Westwood ao terminar a faculdade e, em pouco tempo, tinha tornado a empresa em uma editora multimilionária de revistas de negócios. Bosworth sempre acreditou que deveria manter seus funcionários satisfeitos em bons e maus momentos, e em um discurso a todos os funcionários da Westwood em 2003, ela ressaltou a filosofia da empresa em relação à rotatividade dos funcionários: “Vocês, os funcionários da Westwood, são os ativos mais importantes da empresa. Apesar das dificuldades que enfrentamos, vocês têm minha palavra de que nunca vou dispensá-los por motivos econômicos. A Westwood não é a General Motors!”.

Porém, a vice-presidente de recursos humanos da empresa, Catherine Callahan, percebeu que alguns funcionários antigos deveriam ser dispensados e propôs à CEO (Linda Bosworth) um plano de desligamento voluntário e o pacote de aposentadoria antecipada. Apesar de Linda não concordar com a situação, não viu outra saída. A difícil tarefa de achar a melhor maneira de comunicar esta decisão aos funcionários ficaria com Dan Cassidy, diretor de relações com os funcionários.

No dia anterior ao anúncio do plano aos funcionários, Cassidy, em uma reunião com Catherine Callahan e Linda Bosworth, disse à CEO que achava que ela deveria se envolver pessoalmente com o anúncio no outro dia. Linda esquivou-se passando toda a responsabilidade para Dan e Catherine, pois disse que no outro dia viajaria para Nova Iorque para uma conferência.


A principal falha que podemos perceber neste case, foi a total falta de envolvimento da CEO na crise pela qual a empresa passava. Apesar de concordar com as medidas tomadas apenas por não ver outra saída, Linda Bosworth não esteve presente no momento crucial do acontecimento. Após a declaração que fez em 2003, dando sua palavra de que nunca iria demitir funcionários por motivos financeiros, o mínimo que ela deveria ter feito era ter comunicado pessoalmente a decisão aos funcionários, explicando o porquê e dando seu parecer sobre o assunto; caso contrário, ela entraria em contradição. Se a própria CEO não estabelece uma comunicação clara com os funcionários, os responsáveis pela comunicação interna acabam tendo muito mais trabalho, principalmente em momentos de crise como esse.


Esse case foi retirado do livro Comunicação Empresarial de Paul A. Argenti.

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